sexta-feira, novembro 23, 2007

Sorriso Metálico




Quem já assintiu ao desenho Sorriso metálico?

Eu assistia e, para dizer a verdade, jurava que meu aparelho se comportava do mesmo modo peculiar do da protaginista (uma vez cheguei a imaginar que sintonizou uma rádio em minha boca!).
Eu decidamente me arrependi amargamente de ter posto o aparelho, sério mesmo, mas como era um "mal necessário" acabei aceitando.
Agora, depois de 4 anos de sofrimento (hove dias que eu não conseguia nem comer de tanta dor), chegou finalmente ao fim o meu suplício.
Só que agora acho que vou sentir falta do meu sorriso metálico, ou como dizia meu amigo: "Sorriso Prateado".


quarta-feira, novembro 14, 2007

Aluga-se


É engraçado como de repente entrou na moda procurar uma solução para a “nova” onda de violência pela qual passa o nosso país. Uns dizem que é preciso chamar um tal capitão Nascimento. Mas, pessoalmente, prefiro a solução dada por Raul Seixas, na já esquecida década de 80 – “a solução é alugar o Brasil” e, o melhor de tudo, “nós não vamos pagar nada”.

Imagine só a manchete: “Governo aluga o país para os americanos” – no corpo do texto estariam os detalhes – “O presidente da república assinou ontem pela manhã no Palácio da Alvorada o contrato de locação das terras brasileiras, concedendo ao governo dos EUA pleno controle do território nacional”.

Uma semana depois os “Americans” entrariam com uma ação de despejo para que todos os “brasilians” deixassem o país em 72 horas com exceção dos moradores dos bairros nobres das grandes metrópoles, pois a CIA julgou muito remota a probabilidade de que esses moradores venham a assaltar os novos inquilinos.

Depois de alguns meses de guerra civil não declarada contra os traficantes, os americanos se fartariam do mandar seus filhos morrer numa guerra sem sentido e a Casa Branca acabaria ordenando a retirada gradativa das tropas alegando que o Brasil é um país habitado por bestas selvagens que comem nobres homens de nobres intenções que somente desejam levar a democracia para o terceiro mundo.

Mas antes de abandonar completamente as terras tupiniquins – posso até imaginar a cena – todos remanescentes da população dos bairros nobres das cidades pegam cada qual o seu carro e saem dirigindo por ai exibindo seus “Rolexes” sem medo de serem roubados, pois as motocicletas foram proibidas de circular. O Brasil acaba como o Iraque ou o Afeganistão, mas quem se importa?

Algum tempo depois, dois homens escondidos num abrigo antimíssil, agora a guerra está declarada, os pobres que resistiram nas favelas versus os moradores dos Jardins, um vira para o outro e pergunta:

-Que horas são?

- São 2:45 da tarde.

- Que bom que agora todo mundo pode usar o seu Rolex em paz...

Existem, é claro, outras opções para diminuir a “onda de violência” pela qual passa a nossa pátria amada, mas a maioria é clichê. Por exemplo, o governo poderia criar um sistema educacional decente, que não preze pelos números e sim pela qualidade, que permita a todos, sem distinção social, acesso à cultura, laser e aos níveis superiores de ensino.

Ou ainda, um sistema jurídico / carcerário que realmente permita a reabilitação dos condenados, pois em geral os homens e mulheres que cometem crimes são amontoados numa prisão tendo por companhia, muitas vezes, criminosos mais “experientes”, ou melhor, mais perigosos.

Sem falar que para conseguir um emprego as pessoas precisam de um “nada consta” – está estatisticamente provado que a incidência de crimes aumenta na população que já cumpriu pena. Evidentemente que o lugar de bandido é mesmo na cadeia, mas há de se pensar uma maneira para que o cidadão tenha uma chance de se regenerar.

Como disse, as outras soluções são clichês e, provavelmente, nunca serão tentadas, acho mesmo que é mais fácil alugar o Brasil.

domingo, novembro 04, 2007

Um Anel para todos governar

Há um tempinho atrás, eu estava passeando por uma livraria evangélica aqui de Rio Claro quando me deparei com um livro que, no mínimo, me surpreendeu. Chamava-se: Encontrando Deus em O Senhor dos Anéis, na capa dizia se tratar de um estudo de como as passagens do livro de Tolkien se referiam em parte à bíblia.
Confesso que sou fã dos livros de Tolkien, já li todos; desde o Silmarillion até os Contos Inacabados, mas jamais suspeitei que houvesse qualquer ligação entre as estórias do Senhor dos anéis e a bíblia, e, provavelmente, movido pela mina imensa curiosidade eu li alguns trechos ali mesmo na livraria.
Em linhas gerais o livro diz que cada passagem no Senhor dos Anéis (SDA) era simbólica e que tinha um fundo espiritual. Por exemplo quando o Gandalf cai lutando contra o Barl'og é uma alegoria de Jesus quando morre e luta contra Satã pela chave da vida e da morte, vale lembrar que assim como Jesus o mago de SDA ressuscita mais poderoso que antes (tendo se livrado da sua parte humana por assim dizer).
O Livro está cheio de explicações como esta, mas o que mais me chamou atenção foi quando o autor do livro diz que o anel representa uma aliaça com Satanás (lembre-se que um pecado de certa forma é uma aliança com o inimigo) e que tal aliaça, assim como o anel do SDA, só pode ser desfeita onde foi forjada (o meu pastor vive falando isso), foi ai que passei a olhar O Senhor dos Anéis com os olhos da fé e até hoje me surpreendo.
Tolkiem poderia até não ter intencionado isso, mas seu livro se relaciona fortemente com a bíblia e de uma forma ou de outra traz uma lição para todos...