sexta-feira, abril 04, 2008

Luis Fernando Veríssimo

Hoje eu vou falar um pouco sobre um dos meus autores favorito:
Luis Fernando Veríssimo.

Luis Fernando Veríssimo nascido em Porto Alegre, 26 de setembro de 1936 é filho do também escritor Érico Veríssimo. Produz textos de humor em jornais brasileiros e em livros com crônicas humorísticas e geralmente bem curtas, como em O Analista de Bagé, As Comédias da Vida Privada, entre outras obras.

Para ver o site oficial do autor clique aqui.



Se tem uma coisa que sempre gostei em português é do Grau superlativo, mas prefiro o sintético ao analítico.
Calma! Eu explico: usa-se o grau superlativo para intensificar uma determinada característica ou qualidade.
Por exemplo:
João é bom (Grau Normal).
João é boníssimo (Grau Superlativo).

Um dia, eu passeava pela biblioteca da escola quando me deparei com um livro, O nariz e outros Contos de Luis Fernando Veríssimo, ao deparar com o nome do autor pensei:
- Deve ser um autor bom mesmo, para ter nome superlativo, deve ser um autor boníssimo.
Fiquei por um tempo matutando, superlativo de que seria?
De bom, é (como já expliquei) boníssimo; de agradavél, é agradabilíssimo, de útil, é utilíssimo, de que palavra teria vindo esse superlativo?
Como meus conhecimentos em português eram limitados, perguntei à minha professora:
-Professora, Veríssimo é superlativo de que?
-De nada Leci, é o nome do autor!
Acham que me convenci? De jeito nenhum, perguntei para a pessoa, fonte de todo meu conhecimento inútil, que me daria a resposta:
-Mãe, Veríssimo é superlativo de que?
- Sei lá...
Fica aqui a pergunta, quem souber me diga.

"Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Não me meto na sua vida particular. Não me interessa seu passado, suas origens, sua família nem o que outros já fizeram com elas. Se bem que não tenho o mínimo escrúpulo em roubá-las de outro, quando acho que vou ganhar com isto. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não merecem o mínimo respeito.
Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria a sua patroa ! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção dos lexicógrafos, etimologistas e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias pra saber quem é que manda."

Luis Fernando Veríssimo em O gigolô das palavras

3 comentários:

Anônimo disse...

Nossa como ficou legal esse post!
Mas sinceramente adorei o post anterior, rsrs..
Tenha uma ótima semana, bjus.. =]

Anônimo disse...

Ué, veríssimo é superlativo de vero (verdadeiro). Hihihihi. Pelo menos foi o que me veio à mente. :P
Beijo, Jr! Muito bom o post!

Anônimo disse...

necessario verificar:)