sexta-feira, outubro 26, 2018

#EleNão deveria ser o próximo presidente.

Se o fato de aquele-que-não-deve-ser-nomeado ter feito declarações como "Eu sou favorável à tortura" ou "O erro da ditadura foi torturar e não matar" não é capaz de te convencer a mudar seu voto; isso me diz muito a seu respeito e, sinceramente, sinto muito que pessoas que considerei amigas compartilhem da visão desse candidato que disse "E as minorias descontentes, que se mudem! Vamos fazer o Brasil para as maiorias! As minorias tem que se curvar às maiorias! …As leis? Devem existir para defender as maiorias! As minorias que se adequam ou simplesmente desapareçam".
O mesmo que disse "a faxina agora será muito mais ampla. Essa turma, se quiser ficar aqui, vai ter que se colocar sob a lei de todos nós. Ou vão pra fora ou vão para a cadeia. Esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria".
Se você já foi meu amigo, saiba que eu sou minoria, que, na visão desse candidato, eu sou o marginal vermelho.

Seguindo o paradoxo de Popper, qualquer pessoa que venha no meu POST defender essa abominação terá seu comentário excluído e, dependendo do conteúdo, será bloqueado. Se você não respeita os direitos humanos não merece o meu respeito. Não serei tolerante com os intolerantes.
#EleNão

quinta-feira, outubro 11, 2018

Eleições e a era da pós-verdade.


       Estas eleições foram marcadas pela polarização entre esquerda e direita, entre os que defendem um estado democrático de direito e os que defendem a ditadura, ou a volta dela, mas principalmente foram marcadas pelas notícias falsas, ou fake news (como costumam chamar nas redes sociais). Independente da sua posição política, se você baseia sua opinião em notícias falsas, está baseando-a em uma mentira e, portanto, pode estar totalmente errado.
Aqui vão algumas dicas para evitar cair nessa esparrela e que, se você é, realmente, honesto vai usar antes de compartilhar informações equivocadas:

  1. Esta notícia apareceu em algum grande veículo de comunicação, como jornais de grande circulação (Folha, Estadão, El País, Globo, etc.), grandes sites de notícia (Uol, Terra, G1, ou de um jornal), redes de televisão ou rádio?

 
Se a resposta for não, é provável que seja uma notícia falsa, espere ela aparecer em algum desses veículos antes de compartilhar. Esses meios de comunicação tem um compromisso com a verdade, do contrário perdem a credibilidade, portanto existe pouca chance das informações publicadas por eles serem falsas e quando cometem algum erro é comum retificá-lo assim que percebido.

  1. Esta notícia tem um autor? Esse autor é um jornalista, colunista, ou especialista na área?

 
Se a resposta for não para ambas as perguntas não compartilhe, é provável que seja uma notícia falsa. Se a resposta for não para apenas para a segunda questão, é provável que seja apenas a opinião do autor. Em geral, o autor se responsabiliza pelo conteúdo da matéria, apenas uma pessoa mal intencionada não assina uma notícia.

 
  1. Qual é a data desta notícia?

 
Muito atenção à data da notícia, as vezes, se é uma notícia antiga, a situação pode ter mudado, ou nem todos os fatos tinham sido verificados. Se a notícia não tem data é provável que seja falsa; não compartilhe a menos que encontre em outra fonte de informação (ver item 1).

 
  1. Essa notícia está difamando alguém?

 
Se a notícia não tem uma fonte confiável (ver item 1), nem um autor (ver item 2) e, de alguma maneira, difamar alguém, é provável que se trate de uma notícia falsa. Não compartilhe.

 
  1. Esta notícia está fora de seu contexto original?

 
Se você não encontrar a matéria completa, é provável que a informação esteja distorcida ou manipulada para causar confusão, ou seja, a notícia é “meio verdadeira”. Tente encontrar o contexto original e só compartilhe se o encontrar.

 
  1. Se for uma entrevista, as falas representadas são típicas da pessoa que falou?

 
Se você encontrar uma entrevista que não tem uma fonte confiável, nem um autor (ver itens 1 e 2) e em que as falas do entrevistado não são coisas que ele normalmente diria, é provável que seja uma notícia falsa. Não compartilhe até aparecer em um meio de comunicação confiável.

 
  1. Está em um vídeo?

 
Se o vídeo não vem de uma fonte confiável, nem de um autor conhecido (ver itens 1 e 2), é possível que tenha sido manipulado ou editado. Não compartilhe até aparecer em um meio de comunicação confiável.

 
  1. Está em áudio?

 
Se o áudio não vem de uma fonte confiável, nem de um autor conhecido (ver itens 1 e 2), é possível que tenha sido manipulado ou editado. Não compartilhe até aparecer em um meio de comunicação confiável.

 
  1. Foto?

 
As fotos são facilmente alteradas, se não vem de uma fonte confiável, nem de um autor conhecido (ver itens 1 e 2), é possível que tenha sido manipulada ou editada. Não compartilhe até aparecer em um meio de comunicação confiável.

 
  1. Um amigo lhe disse?

 
Certamente essa notícia, cedo ou tarde será verificada por um meio de comunicação confiável, aguarde para ter mais informações e não compartilhe o que não tem certeza.

 

terça-feira, setembro 04, 2018

Cinzas ao vento

Vimos, neste domingo, a destruição de um patrimônio inestimável, mais que o valor intrinco do acervo, perdemos 20 milhões de partes da história do nosso país. Entre as peças do acervo, muitas eram exemplares únicos, como esqueletos de dinossauros, múmias egípcias, além de utensílios produzidos por civilizações ameríndias durante a era pré-colombiana.
Segundo o site do G1, Pesquisadores e funcionários sabiam que mais cedo ou mais tarde essa dor seria inevitável. “Você pega nos depoimentos dos ex-diretores sobre a questão de verbas e apoio do governo. Sempre foi dramático, sempre foi escasso. Aí está o resultado. Era uma tragédia anunciada”, diz o geólogo Renato Cabral Ramos.
A presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa, disse que desde 2004 o Iphan pedia providências.¹
No site do Uol², há diversas comparações entre às verbas destinadas ao museu e a outros projetos, o que mais choca é que o superfaturamento das obras de reforma do Maracanã seria suficiente para manter o museu por 2400 anos, já a BBC³ afirma que a verba usada no Museu Nacional em 2018 equivale a 2 minutos de gastos do Judiciário e 15 minutos do Congresso.
O Brasil e suas prioridades.


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Fotes:
1 https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/09/03/pesquisadores-e-funcionarios-do-museu-nacional-dizem-que-incendio-era-tragedia-anunciada.ghtml
2 https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2018/09/04/reforma-do-maracana-cobriria-24-mil-anos-de-orcamento-do-museu-nacional.htm
3  https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45377267