quinta-feira, outubro 29, 2009

Momentos Felizes


À Francesa
Marina Lima*
Tamanho
Meu amor se você for embora
Sabe lá o que será de mim
Passeando pelo mundo a fora
Na cidade que não tem mais fim
Ora dando fora ora bola
Um irresponsável pobre de mim

Se eu te peço para ficar ou não
Meu amor eu lhe juro
Que não quero deixá-la na mão
E nem sozinha no escuro
Mas os momentos felizes
Não estão escondidos
Nem no passado nem no futuro

Meu amor não vai haver tristeza
Nada além de fim de tarde a mais
Mas depois de todas luzes acesas
Paraísos artificiais E se você saísse à francesa
Eu viajaria muito mais muito mais



*Pelo menos ficou famosa na voz dela

terça-feira, outubro 20, 2009

Selinhos

Calma que não tem nada a ver com o que vocês estão pensando, eu ganhei dois selos da Thalita autora do Quarto Índigo, portanto vou postá-los aqui e também responder ao "questionário" dos dois e postá-los agora:

O primeiro é esse:

Regras:
I Colocar 8 Características minhas:
Confesso que minha primeira idéia foi colocar minhas "informações nutricionais", mas resolvi escrever outras:
1 Pateta
2 Hiperativo
3 Maluco, louco, tresloucado
4 Da paz
5 Obsessivo-compulsivo
6 Feliz
7 (In)Discreto (depende do ponto de vista)
8 Brincalhão

II Indicar 8 blogs:


O segundo é este:

Vamos às regras:

1 - Tem algum blog (ou mais de um) blog que te ajudou a blogar quando iniciou (dicas, receptividades, incentivos)?

R: Quem mais me ajudou, e ainda está ativa nos blogs, foi a Vivi.

2 - Qual foi a sua fonte inspiradora?

R: Minha vida. Ela não é inspiradora?
Brincadeira, eu não tive, nem tenho muito disso não, eu só escrevo o que dá na cabeça....

3 - Blogar é muito gratificante quando...

R: Sei que o que escrevi tocou os leitores de alguma forma.

4 - Quanto tempo se dedica ao seu blog? Em que horário você gosta de blogar?

R: Mais que deveria e menos que gostaria... Entro na hora que eu tenho um tempo livre, com trabalho e estudo não é mole fazer tudo (rimou de propósito).

5 - O mundo da blogosfera seria mais interessante "se":

R: Acho que se tivesse mais gente escrevendo, adoro ler as coisas que os outros postam.

6 - Seu coração blogueiro não se engana quando (referente a outro blog ou blogueiro)...

R: Quando em mim desperta uma sensação boa...

7 – Devo indicá-lo a sete amigos:


Para ver os recomendados, basta clicar nos nomes.
*É novo na minha lista, mas já gostei.

terça-feira, outubro 13, 2009

Break Free!

Libertas Quæ Sera Tamen!
Hoje quero falar de liberdade, mas antes é preciso definir o que é liberdade. O dicionário define liberdade da seguinte maneira:
liberdade
li.ber.da.de
sf (lat libertate) 1 Estado de pessoa livre e isenta de restrição externa ou coação física ou moral. 2 Poder de exercer livremente a sua vontade. 3 Condição de não ser sujeito, como indivíduo ou comunidade, a controle ou arbitrariedades políticas estrangeiras. 4 Condição do ser que não vive em cativeiro. 5 Condição de pessoa não sujeita a escravidão ou servidão. 6 Dir Isenção de todas as restrições, exceto as prescritas pelos direitos legais de outrem. 7 Independência, autonomia. Liberdade é tudo isso, e mais, é, segundo o curta A Ilha das Flores, um sentimento que não há quem explique e ninguém que não entenda.
Refletindo na semântica da palavra e no que diz o filme, pensei: - "O que torna as pessoas livres? E, por que um ser que, essencialmente, nasce para ser livre se deixa, deliberadamente, aprisionar?". Não tenho respostas, mas teorias, posso estar certo como Galileu estava a respeito do movimento dos astros, ou, tão errado quanto àqueles que criam que a Terra era chata.
Acredito que se nos prendemos a alguma coisa, fazemo-no ou por nossa própria vontade ou por que alguém nos obriga, ainda sim, obedecemos à esse alguém por escolha, mesmo que nos ameace, podemos escolher não obedecer e, é claro, sofrer as conseqüências.
Não é muito diferente na educação. Talvez, a única diferença seja que, na maioria dos casos, os professores sequer dão a opção dos alunos serem livres para escolher o que e o modo como vão aprender, estas coisas lhes são impostas e cobradas (não necessariamente nessa ordem), sem sequer perguntar se lhes interessa este ou aquele conteúdo, tudo é ensinado, mas será que tudo é aprendido? Ou Apreendido?
Na contra mão de tudo isso está um educador, talvez o maior que o Brasil já teve: Paulo Freire que trouxe muitas contribuições para o modo de pensar a educação.
Desde sua interpretação da relação homem-mundo, pois Freire incentivava a cada um encontrar seu papel na sociedade como sujeito ativo, quebrando, assim, o paradigma do fatalismo ou de uma cultura hegemônica que padroniza, massifica as pessoas, em detrimento da cultura popular.
O conhecimento, para Freire, deveria se conscientizado, ou seja, era feito na diferença, aprender o "para que" e não o "como". Mesmo a escola, instituição canonizada pelos educadores em geral, não ficou "a salvo", para Freire a escola deveria utilizar-se de uma educação problematizadora e sua metodologia devia basear-se no diálogo e a avaliação deveria basear-se na auto-avaliação e na avaliação mútua, sem o processo de notas ou exames, cada um saberia suas dificuldades e seus progressos – em termos gerais é este o pressuposto no qual a teoria freiriana baseia seu sistema de avaliação. A grande problemática aqui seria a dificuldade em adotá-la no ensino tradicional (seja ela nas séries iniciais ou no ensino médio), pois:
- Tendo como base que a educação popular está inserida em um contexto totalmente diferente, onde as pessoas procuram a escola porque realmente desejam aprender;
- Lembrando que nas escolas tradicionais há um currículo, metas e objetivos propostos pelo governo, definindo aquilo que o professor precisa ensinar e o conteúdo que deve exigir de seus alunos;
- Associado a isto temos a questão da educação totalmente desvalorizada, com a responsabilidade deixada de lado, juntamente com a ética e a moral;
- E com uma lei que exerce um papel na tentativa de sustentação de uma sociedade que se encontra como um “sepulcro caiado”.
Diante do exposto, resta-nos um questionamento: Sem a exigência de normas, notas e fiscalização, haverá a possibilidade real de usarmos esta proposta? Infelizmente o que vemos em nossa sociedade é que a maioria das pessoas baseia-se na existência ou presença de uma pessoa ou órgão que lhe dite as regras e que fiscalize o cumprimento das mesmas. A começar dos governantes que não dão qualquer exemplo, como esperar que uma auto-avaliação funcione onde a “Lei de Gerson” predomina? Onde “o importante é levar vantagem em tudo, certo?”
Outras perguntas que ficam são: Será que este tipo de educação pode ser aplicada numa sociedade onde o conceito de bom professor é o daquele que "domina" a sala e que não é dado o direito de fala ao aluno e que "enche a lousa de lição"?
Para essas nem mesmo uma teoria eu tenho.






I Want to Break Free (Queen)

I want to break free
I want to break free
I want to break free from your lies
You're so self satisfied I don't need you
I've got to break free
God knows, God knows I want to break free.

I've fallen in love
I've fallen in love for the first time
And this time I know it's for real
I've fallen in love,
God knows, God knows I've fallen in love.

It's strange but it's true, yeah
I can't get over the way you love me like you do
But I have to be sure
When I walk out that door
Oh how I want to be free, baby
Oh how I want to be free,
Oh how I want to break free.

But life still goes on
I can't get used to, living without, living without,
Living without you by my side
I don't want to live alone, hey
God knows, got to make it on my own
So baby can't you see
I've got to break free.

I've got to break free
I want to break free, yeah
I want, I want, I want, I want to break free.

disponivel em: <http://vagalume.uol.com.br/queen/i-want-to-break-free.html> Acesso em 13 Out.2009

Tradução *:

Quero me Libertar (Queen)

Eu quero me libertar
Eu quero me libertar
Eu quero me libertar das suas mentiras
Você é tão auto-suficiente, Eu não preciso de você
Eu tenho que me libertar
Deus sabe, Deus sabe que eu quero me libertar.

Eu me apaixonei
Eu me apaixonei pela primeira vez
E dessa vez eu sei que é real
Eu me apaixonei,
Deus sabe, Deus sabe que eu me apaixonei.

É estranho mas é verdade, sim
Eu não consigo superar a maneira que você me ama como você faz
Mas tenho a certeza
Quando eu sair por aquela porta
Baby Oh como eu quero ser livre,
Ah como eu quero ser livre,
Ah como eu quero me libertar.

Mas a vida continua
Não posso me acostumar a viver sem, Viver sem,
Viver sem você do meu lado
Eu não quero viver sozinho, hey
Deus sabe, tenho que fazer isso sozinho
Assim, você não consegue ver
Eu tenho que me libertar.

Eu tenho que me libertar
Eu quero me libertar, yeah
Eu quero, eu quero, eu quero, eu quero me libertar.

*Tradução minha.

sexta-feira, outubro 02, 2009

Nunca subestime um professorzinho*

Esta semana eu me superei, fiz um trabalho com meus alunos que até eu me surpreendi com os resultados. Levei para um 6º ano (Antiga 5ª série) o poema Fanatismo, de Florbela Espanca e fiz uma discussão com os alunos, ultimamente tenho tentado botar em prática o que tenho vivido na graduação, e decidi fazer a discussão em roda.
Passei copias do texto aos alunos e pedi-lhes que sentassem em circulo, lemos o poema e dei inicio a discussão, fiz uma pergunta aos alunos:
-Vocês acham que o amor que o eu-lírico sente pode se acabar?
Ao que um dos alunos respondeu:
-Pode, se o namorado dela largar dela.**
-Mas e ela? Vai deixar de amar ele?
- Ah! Vai né sor!
-Será mesmo?Com quem que ela compara o amor dela?
-Com Deus, sor!
-Ué! E Deus tem fim?
-Não!
-E o amor dela?
-Então, não, né, sor...
-Mas por que você acha que ela comparou o amor com Deus?
-Por que Deus é amor, sor!
-Exatamente, agora quem sabe me dizer como é que vocês chegaram a conclusão que é uma mulher?
- Por que ela fala "Enlouquecida", sor, termina com A, se fosse homem ia ser O...
-Muito bem. Vocês acham que esse amor é real ou imaginário?
-Real!
-Tem certeza, ela não fala que ela está sonhando com ele? Se ela está sonhando, como pode ser real?
-Verdade né sor, ela tá até cega de ver ele, quer dizer que ela só tem olhos para ele, mas não falô com ele...
-É uma possibilidade...

Este não é o dialogo completo, é somente uma parte do que falamos em sala, é que como eu conduzia o debate, não tive como anotar tudo.
*O titulo do post faz referencia ao livro de Fernanda Takai "Nunca subestime uma mulherzinha" da Editora: PANDA BOOKS.
**As falas foram reproduzidas como os alunos as disseram.

Aqui está a música do poema e se você clicar aqui vai ver uma produção na qual eu participo.