quarta-feira, novembro 09, 2011

"Música"

Ou a geração do Pente.

Tenho andado muito preocupado; sério, faz algum tempo que eu tenho ouvido meus alunos cantarem uma "música"¹ chamada "Um pente é um pente". Como sempre TENTO me manter atualizado resolvi ouvir a "música" - MALDITA HORA! - Juro que depois de ouvir eu tive depressão profunda, quase me matei.
O que eles chamam de "música" hoje em dia é uma lástima, não é por causa do ritmo, nem do estilo musical, nem o fato do Funk, em geral, estar relacionado às classes sociais mais desfavorecidas, até porque eu sou pobre também. Acontece que essa "música" não tem letra. (#Fato)
O vocalista apenas repete: Um pente é um pente, uma infinidade de vezes e depois: Traição é traição, Romance é romance, amor é amor, e um lance é um lance; e ,por fim, voltamos ao pente.
Que os "Autores"¹ dessa "letra"¹ me desculpem, mas isso é música? Sinceramente eu estou com saudades que a moda era ouvir pagode -gênero que, aliás, detesto -, pelo menos as letras do pagode tinham mais que cinco frases (isso contando a frase sem sentido Um pente é um pente, mesmo se pensarmos que pente seja uma gíria para algo mais, ainda sim a "letra" é muito pobre).
Se querem saber minha opinião, é esse tipo de "música" que tem colaborado para que o povo fique cada vez mais alienado e não perceba que os políticos estão fazendo de nós cidadãos massa de manobra, roubando bem diante dos nossos olhos aquilo que é nosso por direito, apelando sempre para o bom e velho Panis et Circenses, só que os palhaços somos nós que pagamos a conta da corrupção.
Creio que Marx diria agora: "Eu avisei".

1 Entre aspas porque EU não considero como tal, uma vez que a letra é muito pobre e vazia de significado.